O Código Da Vinci

Há coisa de um ano li que Tom Hanks iria entrar num filme "polémico" de natureza. Tudo bem, Tom Hanks é dos meus actores preferidos, mas não corro para as salas para ver cada filme que ele faz. A ele, mês depois juntou-se Andrey Tautou (O Fabuloso Destino de Amélie), uma das melhores actrizes da actualidade, menos conhecida por ser francesa no meio de americanos. Pouco depois, voltei ao site onde vi a informação e vejo actualizações sobre Jean Reno, Alfred Molina, o enormissimo Paul Bettany e principalmente, um dos melhores actores de sempre, Sir Ian McKellen. Se isto não é razão para ir ver o filme, então eu não sei o que é. Mas a noticia que mais me agradou foi a do realizador, nada mais que o meu preferido Ron Howard (Mente Brilhante, Cinderella Man, Apollo 13 entre outros). Juntando a isto o compositor Hanz Zimmer e uma equipa habituada a fazer grandes filmes, o que podemos esperar? Um dos melhores filmes de sempre? Sim, em prespectiva. Mas o problema reside em que, será isto um filme? Toda esta pressão, todos os artigos de jornais à volta do livro, e agora do filme poderão prejudicar bastante o filme. Ele será visto, sim, e provavelmente encabeçará a cerimónia dos Óscares do próximo ano levando ao palco Ian Mckellen como melhor actor secundário (assim espero), pois prova a história que a Academia premeia actores secundários de grande nível por papéis incómodos a muita gente importante (veja-se Morgan Freeman em "Million Dollar Baby" que acendeu o problema da Eutanásia, ou mesmo George Clooney em "Syriana" sobre a questão do petróleo). Mas agora cada vez que uma pessoa vê o telejornal, lá está a Igreja a criticar e a criticar o filme antes dele ter estreado. Tudo bem que o livro é polémico e sem dúvida, fez tremer a Igreja. Mas aquela palavra chave, "Fé" que a Igreja tanto usa, terá ela sido abalada também? Dan Brown, autor do livro fartou-se de dizer que apenas se trata de ficção, mas parece que a Igreja quer mandar tudo abaixo. A fé, existindo, não será claramente abalada por umas páginas de ficção... pois não? Então porquê os escandalos? E, sem querer faltar à Igreja, não terá a Igreja um passado (e presente) um bocado sujo, para agora arriscar tanto por causa de um livro/filme? Uma coisa boa nos livros e nos filmes é que... só vê/lê quem quer. E se não gostam, não compram. Que é que se pode dizer? Que o envagelho é mais credível que o "Código Da Vinci"? Pois... não é... Cada um acredita naquilo que quer, e só se tem que respeitar. Pessoalmente, não acredito muito nem numa, nem noutra. Há um Deus sim, mas não será este que a Igreja tanto fala. Digo eu... É a opinião de um sonhador de 16 anos. Em relação ao filme, eu vou ver as vezes que puder, não só pela história mas mais pelos actores, realizador, compositor, argumentista e produtor (Brian Grazer). Porque quer a igreja admita ou não, e polémicas aparte, que grande filme deve ser este! Uma equipa de luxo, para um filme do luxo. Se for mau, decerto será por toda esta pressão ridicula à volta do filme! O que, como amante de cinema, me chateia um bocado. Até porque se fala em liberdade de expressão, mas não deixam o homem escrever nada sem levar logo processos e coisas do género. Só falta o próprio Deus processar o homem, mas por muito estranho que isso seja, Ele não apareceu.

Obrigado

VC

PS: Acho que não falava de cinema há uns tempos. Bem... Farei a minha critica pessoal ao filme quando o vir.
GA**