O Avanço da Humanidade
Se uns dizem que é avanço, eu classifico o percurso da Humanidade como evolução – negativa.
Qual a distância da irracionalidade que leva à renegação do Natural e Essencial?
Vivemos embrenhados numa teia de valores distorcidos, morais contraditórias e incoerentes que nos fazem ser tudo aquilo que não somos.
Contrariar o instinto é humano; contrariar o físico não sei o que será.
Qual a distância da irracionalidade que leva à renegação do Natural e Essencial?
Vivemos embrenhados numa teia de valores distorcidos, morais contraditórias e incoerentes que nos fazem ser tudo aquilo que não somos.
Contrariar o instinto é humano; contrariar o físico não sei o que será.
Esta necessidade de afastar o estado mais puro, de esconder por trás de máscaras e levar todos os outros a regerem-se pelos mesmos sentimentos impingidos, pré-fabricados torna-se um ciclo vicioso.
Não em jeito de pensamento misantrópico, mas apenas na procura da Razão aquela de que nos dizemos dotados, mas nem por isso estabelecemos como deveria ser – universal), questiono-me se não estaremos mais próximos da verdadeira racionalidade e essência (que não acredito haver para o Homem até deixarmos de viver nestes termos em que vivemos) quanto mais próximos da irracionalidade nos acharmos?
Cumprir o nosso papel é: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Não é o de nos arrogar ao direito de submeter outras espécies, nem tão pouco a nossa. Não é nossa função criar uma sociedade – palavra de conotação tão pesada e tamanha complexidade – que vai contra o que de puro (e volto a frisar: verdadeiro) há em nós.
Esta obrigatoriedade de ser assim, este imperativo que nos leva a fazer tudo o que todos fazem, a não conseguir alterar o estado das coisas conduz ao cansaço. O cansaço permanente de ser humano.
Acabamos por sobreviver num meio em que as regras, afinal, foram impostas por nós, mas por nós também são questionadas.
Sobrevivo num meio que não é o meu.
Faço minhas as palavras de Manuel Cruz.
Eu Vim de Outra Esfera.
Não em jeito de pensamento misantrópico, mas apenas na procura da Razão aquela de que nos dizemos dotados, mas nem por isso estabelecemos como deveria ser – universal), questiono-me se não estaremos mais próximos da verdadeira racionalidade e essência (que não acredito haver para o Homem até deixarmos de viver nestes termos em que vivemos) quanto mais próximos da irracionalidade nos acharmos?
Cumprir o nosso papel é: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Não é o de nos arrogar ao direito de submeter outras espécies, nem tão pouco a nossa. Não é nossa função criar uma sociedade – palavra de conotação tão pesada e tamanha complexidade – que vai contra o que de puro (e volto a frisar: verdadeiro) há em nós.
Esta obrigatoriedade de ser assim, este imperativo que nos leva a fazer tudo o que todos fazem, a não conseguir alterar o estado das coisas conduz ao cansaço. O cansaço permanente de ser humano.
Acabamos por sobreviver num meio em que as regras, afinal, foram impostas por nós, mas por nós também são questionadas.
Sobrevivo num meio que não é o meu.
Faço minhas as palavras de Manuel Cruz.
Eu Vim de Outra Esfera.
[Quadro de Margarida Cepêda, O Avanço da Humanidade, 2000]
1 Comments:
faz o teu meio, quem quiser sobreviver nele, que sobreviva... a tua esfera de longe poderá destruir kuakler outra esfera ;)
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