segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O Filme que não precisou de palavras

Hoje, vou fazer uma coisa que não costumo fazer muito, que é escrever sobre um filme. Hoje fui ver o filme novo do Ang Lee. Não é um realizador que eu siga, mas Brokeback Mountain deu-lh tantos pontos na minha consideração que não sei onde o por na minha tabela. Das poucas vezes que sai de uma sala de cinema sem saber mesmo o que dizer. A única palavra que me vem à cabeça e "lindo", mas não me parece que dignifique o filme. Não como ele merece.

O filme em si, é até muito simpes da maneira como está filmado. Não há muita musica, e quando há nunca tem supremacia no sentimento de "estarmos lá". As actuações são de facto, perfeitas no sentido de não terem qualquer falha. Jake Gyllenhaal nunca fez um mau papel, pelo menos que tenha visto. E tem um curriculo muito bom para alguém da sua idade. Neste filme ele é romantico, agressivo, carregado e ao mesmo tempo é uma explosão de actor. Faz sem duvida, para mim, o papel da vida dele. Quanto a Heath Ledger, não sou um grande seguidor da sua carreira até agora, mas sei os filmes que fez, e se não acreditava nele nunca esperaria o que vi hoje. De certo modo, Heath Ledger tem aqui talvez o melhor papel alguma vez intrepertado por alguém perto da sua idade. Claro que há colossos com 50 anos e com expriencia sufuciente para fazer um grande papel, mas Heath Ledger tem pouco mais que 25 e faz aqui um papel quase desumanho. Não diria que Ledger faz o filme, porque Gyllenhaal é também muito bom e a montanha tem um papel vital no filme, o das paisagens que cortam a respiração. As montanhas fazem o fundo perfeito. Heath Ledger, e para não estar a bater sempre no mesmo assunto, faz um dos melhores 5 papeis de sempre, que eu já tenha visto claro.

Quanto ao tema, já muitos conhecem bem a história dos cowboys gays e tudo isso. Conhecem-se e trabalham juntos na Brokeback Mountain como pastores e apaixonam-se. Quando se separa, seguem vidas diferentes. Casam e têm flhos. Até que se voltam a encontrar. O resto não revelo mais. Claro que está tudo muito abreviado. Mas é o essencial. As intrepertações como já disse são perfeitas em tudo. A realização (e não sou fã de Ang Lee) é imaculada. É mesmo muito boa. A banda sonora está sempre no seu lugar e bem enquadrada no filme. Não há muitas falhas. Mas digo-vos, se forem ver, digo-vos que a "cena do roupeiro" (para não revelar nada, mas se virem percebem) é simplesmente a melhor cena de drama que já vi até hoje. Apenas prova que o filme simplesmente, não precisa de palavras. Até porque se fala pouco.

Não vou dizer muito mais, apenas que vão ver. Não são nada sem este filme. Nunca houve um filme que me fizesse sair de uma sala de cinema no estado que este deixou. De rastos.

VC

PS: Os olhos de Heath Ledger são a maior fonte expressiva do filme. É o papel perfeito mesmo.

1 Comments:

At 2:56 da tarde, Blogger desentupidor de sanitas said...

Tdo o k dixest ai ja eu sabia...lol,o k é bom.Eu ja keria ver o filme e com a tua aprovaçao é klaro k vou ver.Por akaso se tivexes dito mal eu ia na msm.

 

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